segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Casa Amarela Selection Tinto - Douro 2012

Já tinha ouvido falar dos vinhos do produtor Casa Amarela mas ainda não tinha tido a possibilidade de provar um dos seus vinhos.


Chegou em boa hora a oferta de um grande amigo meu, que foi visitar a quinta no Douro e que me trouxe uma garrafa: Casa Amarela Selection Tinto 2012. Segundo informação recolhida por ele, "Dizem que é um bom vinho. Experimenta-o". E experimentei.


No copo, mostrou-se um vinho denso de cor rubi escuro. Aromas fortes a framboesas e madeira com um toque a especiarias. Na boca sentimos um vinho muito equilibrado, fresco, guloso com um senão...ficamos com vontade que este "prazer" se prolongue no tempo mas infelizmente o "final de boca" é inexistente.

É aconselhável decantar este vinho para o melhor apreciar.

Acompanhei este vinho com umas bochechas de porco estufadas....excelente combinação!

O meu amigo tinha razão, é mesmo um "bom" vinho!

Nota final: 16,5 valores

Preço médio: 13 euros

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Encostas D'Alqueva Private Collection Tinto - Alentejo 2014

Sempre me perguntaram se determinados vinhos que estavam em promoção nos supermercados e hipermercados eram uma boa compra ou não. Será que vinhos que estão à venda por 1,99 euros são bons vinhos?


Decidi fazer o teste. Peguei no folheto do Pingo Doce e fui à procura de uma promoção da semana: Encostas D'Alqueva Private Collection 2014, um vinho tinto do Alentejo com um desconto de 60%...é já este!


É um vinho composto por castas típicas alentejanas como o Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e Moreto e que costuma estar à venda por 4,99 euros.

No copo, sobressai a cor púrpura do vinho. Pouco aromático, fiquei à espera que na boca o vinho fosse mais valorizado...de início pareceu-me um vinho desequilibrado, com um acidez extrema e taninos agressivos. Depois de uns minutos no copo, a inexistência de aromas persistiu. No entanto, na boca tornou-se um vinho agradável, com taninos suaves, mas nada mais.


Este é daqueles vinhos que "serve" apenas para acompanhar a refeição, podendo acompanhar pratos leves, pouco condimentados.

Gostava de saber o porquê de ser Private Collection...uma questão de marketing? Só pode. Um vinho "Private Selection", "Private Collection" ou "Colheita Seleccionada", pressupõe ser um vinho de categoria acima do normal, feito a partir de uvas com um tratamento especial, acabando por resultar num vinho quase "exclusivo"...este não o é, e deixa-nos algo frustrados.

Há vinhos a 4,99 euros bem melhores que o Encostas D'Alqueva Private Collection Tinto.

Nota final: 12 valores

Preço com promoção: 1,99 euros (Pingo Doce)

PVP: 4,99 euros


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Château Montviel - Pomerol 1990

Mais tarde ou mais cedo, tinha de acontecer...tivemos de acordar este "Château" da região de Bordéus com 26 anos! 


Já todos ouvimos falar dos grandes vinhos franceses e nomeadamente dos "Châteaux" de Bordéus, da sua qualidade, do seu poder de longevidade, dos valores astronômicos envolvidos na compra...agora chegou a vez de provarmos toda essa tradição, reputação, avaliação e outros "ão" que queiram acrescentar.

O Château Montviel é um vinho da região de Pomerol, região do grande e mundialmente conhecido Petrus, onde a casta rainha é o Merlot.

Este vinho é composto por Merlot (claro!) e Cabernet Franc.


No copo, percebemos que é um vinho já com idade: a sua cor vermelha acastanhada é prova disso. Passado todos estes anos, continua com os seus amoras presentes a ameixa preta, especiarias e uma nota a couro. Na boca, presença leve de taninos, manteve alguma frescura, continua equilibrado, com final de boca existente mas não muito prolongado. 


Que prazer!

Nota final: 17 valores

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Foral de Melgaço - Alvarinho 2014

Este fim de semana, aproveitei o bom tempo e atravessei a ponte 25 de Abril com destino ao  almoçar ao Sushic, que segundo os utilizadores do Tripadvisor, foi considerado o segundo melhor restaurante japonês fora do Japão.

O sushi apresentado pelo Sushic é muito bom, embora não seja a comida tradicional japonesa mas sim uma comida japonesa de fusão que combina vários sabores e texturas.

Já sabemos que o chá e o saké (ou saqué em português) são as bebidas “tradicionais” para o sushi. A cerveja, japonesa claro, acompanhará também muito bem o sushi, pois o travo amargo da mesma conciliará bem com a suavidade do molho de soja, e a sua efervescência trará frescura na altura de saborear o peixe mais “gordo”.



Todos os apreciadores do néctar de Baco, querem sempre acompanhar a  refeição com o tradicional copo de vinho. A grande questão com que nos deparamos, nos restaurantes japoneses, é: qual o vinho apropriado para acompanhar o sushi?

É preciso ter algum cuidado ao escolher o vinho para acompanhar a comida tão delicada como a japonesa. Não escolher vinhos muito fortes nem complexos (normalmente os que estagiam em barricas) pois acabam por se sobrepor aos sabores sensíveis da comida japonesa. 

Normalmente, os vinhos brancos, rosés e espumantes são os mais indicados para acompanhar os maki’s, sashimi’s, uramaki’s, e outros tantos (a lista é sempre extensa!).




O Sushic tem uma carta de vinhos com muita oferta mas também dá-nos a possibilidade de beber vinho a copo, bem servido mas com um preço elevado.

Na questão do serviço à mesa é que o Sushic poderia melhorar: na altura de servir o vinho que escolhi, a garrafa ainda vinha com bocados de rolha (talvez não tiveram cuidado ao sacar a rolha), que acabaram por ficar a boiar no meu copo. Alertei o empregado de mesa que de imediato se desculpou e me trocou o copo.

A minha escolha foi para o Foral de Melgaço 2014: um vinho da casta Alvarinho, leve, brilhante e fresco. Presença de aromas minerais e frutas tropicais, frescura intensa na boca com presença de acidez suficiente e agradável para contrabalançar com a delicada comida japonesa do Sushic.



Foi uma bela experiência: alvarinho com sushi. Tenho de voltar a experimentar, sem dúvida.

Nota final: 16,5 valores

Preço copo Sushic: 4 euros        


Preço médio: 8,50 Euros

domingo, 8 de novembro de 2015

Adega de Pegões Colheita Seleccionada - Tinto 2000 e 2011

Há vinhos que não enganam. Todos os anos saem para o mercado com uma nova colheita, mas a qualidade mantém-se ano após ano. 


É o caso da Adega de Pegões Colheita Seleccionada Tinto. Um vinho que é uma aposta segura seja num restaurante ou num supermercado.

Quis aproveitar a oportunidade de comparar um Adega de Pegões do ano 2000 com o do ano 2011. 


Comecemos pelo "mais velho", neste casa a idade também é um estatuto! Primeira boa surpresa: a rolha estava em boas condições! No copo, deu para perceber que o vinho já tinha alguma idade, o tom não era brilhante, e já tinha alguns reflexos acastanhados. Os aromas estavam algo adormecidos, surgindo uma forte presença a madeira. Na boca estava equilibrado, com estrutura e alguns taninos.

Estava ansioso para descobrir o quanto valia o seu "irmão mais novo". No copo, cores vivas, brilhantes, uma mistura rubi/violeta. Surge uma mistura de aromas, onde o cacau/chocolate domina por inteiro. Na boca confirmou-se carnudo, guloso. Presença de taninos provancando uma ligeira e agradável adstrigência.


São 2 bons vinhos, que não enganam. Não são vinhos dos quais podemos criar grandes expectativas, mas são uma aposta segura. 

O Adega de Pegões é um vinho agradável para acompanhar carnes grelhadas e queijo.

Nota final: 13,5 Valores

Preço médio: 4,5 euros

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Zonin - Pinot Grigio 2013

Acabado mais um dia de trabalho, chega-se a casa com vontade de relaxar e aproveitar o que ainda resta de mais um dia que está a acabar.

Com vontade de beber algo leve e refrescante (e não querendo beber água!), fui até ao frigorífico à procura de alguma garrafa que estivesse por lá perdida... A minha mulher sugeriu-me de imediato um Asti. Um Asti!? Encontrei um outro vinho italiano, que ainda não tinha provado: Zonin Pinot Grigio 2013. Vai ser este!


Comecemos pela casta... Pinot Grigio ou Pinot Gris a casta é a mesma, mas em Itália é conhecida por Pinot Grigio e em França por Pinot Gris. Outros países produtores de vinhos com esta casta, acabam por escolher o nome que mais lhes convém, de acordo com a origem e estilo de vinhos que produzem. 

São a mesma casta, mas dão vinhos diferentes! Tudo influencia a produção de um vinho: a temperatura, o solo, o tratamento, etc, são diferentes de um país para o outro.  

Depois da pequena introdução sobre a casta, voltemos à prova. Abrímo-lo para o bebermos como aperitivo. 

Vamos então dar inicio à aventura! No copo, a cor é um amarelo palha, com alguns reflexos esverdeados. Chegou a altura de o cheirar, e de nos imaginarmos em Itália, mais na região do Nordeste de onde vem este vinho...aromas delicados e leves, aroma floral fraco e um toque a mel. Na boca é fresco, leve e pouco acido.


Devido à sua ligeireza, é um bom acompanhamento para saladas, massas com molhos leves, carnes brancas pouco condimentadas ou mesmo como aperitivo, que foi como o apreciei. É um excelente vinho para o Verão.

Nota final: 14,5 valores

Preço: 9,45 Euros no El Corte Inglês (no Supercor)  

domingo, 1 de novembro de 2015

Castelo d'Alba Reserva - Douro 2014

Hoje, o vinho servido foi um branco do Douro, o Castelo d'Alba Reserva. Eu sei, este tempo chuvoso e frio não é o indicado para se beber vinho branco mas decidi experimentar este vinho.

Abrimos a garrafa antes da refeição para o indo beber sem acompanhamento…só mesmo pelo prazer de beber vinho! Já conhecia o Castelo d'Alba Reserva Tinto, feito com castas típicas do Douro (Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional) mas este branco era me desconhecido.



Vamos lá então relatar como foi o nosso "encontro": de um amarelo brilhante no copo, sobressaem de imediato aromas a frutas exóticas, ananás e um toque a madeira…este vinho promete! Na boca, revela-se fresco e cremoso, embora apresente uma acidez elevada no final de boca….o que acabou por me desiludir.

É um vinho que acompanhará bem os pratos mais condimentados (caril) ou peixe assado.

Preço médio: 11 Euros

Nota final:  13 valores