segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Que vinho escolher para a Consoada

Queremos sempre ter o melhor na nossa mesa no dia 24 de Dezembro. Seja qual for a refeição que tenha escolhido para a sua Consoada, tenho a certeza que a escolha tenha sido sempre “o melhor”: o melhor bacalhau, os melhores sonhos, o melhor bolo Rei, etc. Nessas escolhas, também está, o vinho que irá acompanhar a refeição. 

 

Queremos sempre um bom e grande vinho. É difícil juntar à mesa, na Consoada, pessoas que tenham o mesmo gosto vínico que nós. Haverá sempre lugar à mesa o “apreciador”, ou "o que bebe qualquer um”, ou "o que não gosta de vinhos brancos”, e tantos outros, acabando por dificultar a escolha. 

 

Aposte em clássicos que funcionam sempre. Siga o ritual tradicional: para iniciar a noite como aperitivo um Espumante, para a refeição com bacalhau um branco e/ou tinto, e para a sobremesa um vinho licoroso. Se os estômagos ainda aguentarem, e enquanto espera pelo Pai Natal, entretenha-se com uma aguardente vínica. 

 

Espumante Quinta do Boição Special Cuvée Arinto Extra Bruto (Bucelas)

Feito a partir de uma casta 100% portuguesa, o Arinto, é um espumante fresco e vivo, de cor citrina, com aromas a frutos tropicais e alguma presença mineral. Na boca é delicado, fresco, ácido e persistente. É excelente para combinar com salmão fumado.

 

PVP médio: 14,50 Euros

Produtor: Enoport

 


Vinho branco – Quinta de Cabriz Encruzado 2014 (Dão)

Vinho da região do Dão, 100% da casta Encruzado, a casta branca rainha da região. É um vinho fresco e delicado, com aromas a citrinos, tília e leve travo a frutas tropicais, equilibrado com um bom nível de acidez, encorpado, com final de boca.

 

PVP médio: 6,50 Euros

Produto: Global Wines / Dão Sul



Vinho tinto  Post Scriptum 2013 (Douro)

Vinho da região da Douro, feito a partir de Touriga Nacional (59%), Touriga Franca (30%), Tinta Roriz (5,5%) e Tinta Barroca (5,5%). Vinho elegante, com taninos suaves, aromas a frutas maduras. Fresco, com final de boca persistente

 

PVP médio: 12,99 euros

Produtor: Prats & Symington

 

Vinho Licoroso – Moscatel Roxo Colecção Privada Domingos Soares Franco

Vinho licoroso de Setúbal100% de Moscatel Roxo. Tem uma cor âmbar no copo, sobressaem os aromas a mel e avelãs. Na boca é frutado, aveludado, com um travo a caramelo.

 

PVP médio: 22 Euros

Produto: José Maria da Fonseca

 

Aqui ficam algumas sugestões, o importante é que bebam realmente o que vos dá prazer.

 

Bom Natal e bom proveito!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Quinta Nova Colheita Tinto - Douro 2011

Mais um vinho da região do Douro provado. De facto, a região do Douro tem inúmeras marcas de vinho, de uma qualidade muito boa. Aliás, essa qualidade já é reconhecida internacionalmente, como o comprova os vinhos do Douro que fazem parte da lista dos melhores de 2015 da Revista Wine Spectator.


O objectivo é sempre de encontrar vinhos muito bons mas que não envolvam grande investimentos, como o Barca Velha (400 euros a garrafa) ou o Quinta de Vale Meão (100 euros a garrafa). Há grandes vinhos no Douro que não têm um preço "astronómico" e que são muito bons, veja-se de novo o caso da lista da Wine Spectator.


Tive a possibilidade de provar o vinho Quinta Nova Colheita 2011, projecto liderado pela família Amorim desde 1999. Este vinho é feito a partir da castas Tinta Roriz, Tinta Franca, Tinto Cão e Touriga Nacional.

É um vinho fácil de beber, equilibrado com taninos suaves, nada agressivos. É de vinho de cor ruby vivo, com aromas intensos a fruta vermelha madura, denso, enchendo-nos a boca. É um vinho fresco, jovem, que podem decantá-lo ou deixá-lo arejar para melhor o apreciarem.

É uma boa escolha para acompanhar carnes estufadas ou carnes assadas.

Nota final: 15 valores

Preço médio: 8,50 euros


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Quinta de Cidrô Pinot Noir - Douro 2009

Andava eu à procura de novos vinhos no na minha garrafeira preferida (e são sempre tantas as garrafas e as marcas que acabamos por nos perder), quando me foi sugerido um vinho: Quinta de Cidrô Pinot Noir.

"Gostas dos vinhos da região da Bourgogne? Então prova este e depois dá-me a tua opinião."


Procuro sempre vinhos onde a relação qualidade/preço de facto exista, onde um vinho que custe 20 euros, valha mesmo esses 20 euros. Quantos de nós é que não fomos surpreendidos por vinhos que tinham um preço demasiado elevado para o real valor que apresentam? É um desilusão e sentimo-nos enganados pelos produtores...

Voltando ao meu "Pinot Noir do Douro"... o preço é de 11,50 euros! Espétaculo (como diz o nosso querido Fernando Mendes)!

A casta Pinot Noir é talvez uma das castas tintas mais conhecidas do Mundo (a par da casta Cabernet Sauvignon) e que teve a sua grande divulgação com o filme Sideways. 


Vamos à prova: no copo o vinho tem uma cor aberta, um ruby claro a "puxar" para o rosado. Aromas a cereja com alguns toques a café e baunilha, devido ao estágio em barricas de 
carvalho francês durante 
12 meses. Na boca, este vinho apresenta-se sedoso e aveludado, com taninos delicados, com um final de boca prolongado.
Devido à sua delicadeza, é um bom acompanhamento para carnes brancas e carnes estufadas.


É um bom vinho, para quem quer experimentar um Pinot Noir, pois tem quase todas as características de um vinho da Bourgogne.

Nota final: 15 Valores

Preço médio: 11,50 Euros

domingo, 6 de dezembro de 2015

Quinta da Alorna Branco - Tejo 2013

Quinta da Alorna Branco – Tejo 2013

Já chegou o último mês do ano, e com ele também chegou o frio. Com este tempo só apetece mesmo beber vinhos que nos aqueçam,  mas para mim o prazer está em beber o vinho na sua plenitude, isto é, acompanhá-lo com uma refeição onde a harmonização seja total.

Como tal, e para um jantar leve, à base de saladas e pratos frios, decidi abrir uma garrafa de vinho branco. 

Hesitei um bom bocado entre um vinho francês (um Chardonnay da região da Bourgonha) e um vinho português. Decisão tomada: Quinta da Alorna Branco.


Um vinho da região Tejo, feito a partir das castas Arinto e Fernão Pires, uma das castas brancas mais plantadas em Portugal.

No copo, o vinho apresenta uma cor amarela pálida e brilhante. De imediato, surgem os aromas a citrinos e frutos tropicais (ananás). Na boca, o vinho revela-se fresco, delicado, equilibrado em termos de acidez, deixando um ligeiro final de boca vivo e adocicado.


Como disse anteriormente, este vinho acompanhou uma refeição de pratos frios: saladas diversas, charcutaria e carnes frias.

É um bom vinho para aperitivo e para acompanhar marisco e peixe grelhado. 

Um bom vinho branco, abaixo dos 5 euros, a ter sempre-noiva seu frigorífico.

Nota final: 14 valores

Preço médio: 3,85 Euros

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Monte da Ravasqueira Tinto - Alentejo 2013

Mais uma vez, aproveitei as promoções do Pingo Doce para avaliar a oferta ao nível da garrafeira.


O escolhido foi o Monte da Ravasqueira Tinto 2013, vinho alentejano, feito a partir das castas Touriga Nacional (35%), Aragonês (35%), Syrah (20%) e Alicante Bouschet (10%), sendo que 50% do lote estagiou 6 meses em barricas de carvalho francês.


O preço de venda é de 3,49 euros já com um desconto de 35%, promoção válida até dia 7 de dezembro.

No copo o vinho apresenta-se com uma cor encarnada/violeta. Os aromas são fracos, presença de frutos vermelhos e frutos pretos com um travo ligeiro a especiarias. Na boca o vinho traduz-se como um vinho fresco, leve e equilibrado.


É um vinho fácil de beber e de harmonizar com carnes, peixes ou mesmo para beber num momento mais relaxante.

Julgo que este vinho é uma boa compra, na relação qualidade/preço. O Monte da Ravasqueira é um vinho que não deixa ficar mal, será sempre uma boa escolha para levar para um jantar em casa de amigos.

Nota final: 13 valores

Preço com promoção: 3,49 Euros

PVP: 5,49 Euros

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Casa Amarela Selection Tinto - Douro 2012

Já tinha ouvido falar dos vinhos do produtor Casa Amarela mas ainda não tinha tido a possibilidade de provar um dos seus vinhos.


Chegou em boa hora a oferta de um grande amigo meu, que foi visitar a quinta no Douro e que me trouxe uma garrafa: Casa Amarela Selection Tinto 2012. Segundo informação recolhida por ele, "Dizem que é um bom vinho. Experimenta-o". E experimentei.


No copo, mostrou-se um vinho denso de cor rubi escuro. Aromas fortes a framboesas e madeira com um toque a especiarias. Na boca sentimos um vinho muito equilibrado, fresco, guloso com um senão...ficamos com vontade que este "prazer" se prolongue no tempo mas infelizmente o "final de boca" é inexistente.

É aconselhável decantar este vinho para o melhor apreciar.

Acompanhei este vinho com umas bochechas de porco estufadas....excelente combinação!

O meu amigo tinha razão, é mesmo um "bom" vinho!

Nota final: 16,5 valores

Preço médio: 13 euros

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Encostas D'Alqueva Private Collection Tinto - Alentejo 2014

Sempre me perguntaram se determinados vinhos que estavam em promoção nos supermercados e hipermercados eram uma boa compra ou não. Será que vinhos que estão à venda por 1,99 euros são bons vinhos?


Decidi fazer o teste. Peguei no folheto do Pingo Doce e fui à procura de uma promoção da semana: Encostas D'Alqueva Private Collection 2014, um vinho tinto do Alentejo com um desconto de 60%...é já este!


É um vinho composto por castas típicas alentejanas como o Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e Moreto e que costuma estar à venda por 4,99 euros.

No copo, sobressai a cor púrpura do vinho. Pouco aromático, fiquei à espera que na boca o vinho fosse mais valorizado...de início pareceu-me um vinho desequilibrado, com um acidez extrema e taninos agressivos. Depois de uns minutos no copo, a inexistência de aromas persistiu. No entanto, na boca tornou-se um vinho agradável, com taninos suaves, mas nada mais.


Este é daqueles vinhos que "serve" apenas para acompanhar a refeição, podendo acompanhar pratos leves, pouco condimentados.

Gostava de saber o porquê de ser Private Collection...uma questão de marketing? Só pode. Um vinho "Private Selection", "Private Collection" ou "Colheita Seleccionada", pressupõe ser um vinho de categoria acima do normal, feito a partir de uvas com um tratamento especial, acabando por resultar num vinho quase "exclusivo"...este não o é, e deixa-nos algo frustrados.

Há vinhos a 4,99 euros bem melhores que o Encostas D'Alqueva Private Collection Tinto.

Nota final: 12 valores

Preço com promoção: 1,99 euros (Pingo Doce)

PVP: 4,99 euros


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Château Montviel - Pomerol 1990

Mais tarde ou mais cedo, tinha de acontecer...tivemos de acordar este "Château" da região de Bordéus com 26 anos! 


Já todos ouvimos falar dos grandes vinhos franceses e nomeadamente dos "Châteaux" de Bordéus, da sua qualidade, do seu poder de longevidade, dos valores astronômicos envolvidos na compra...agora chegou a vez de provarmos toda essa tradição, reputação, avaliação e outros "ão" que queiram acrescentar.

O Château Montviel é um vinho da região de Pomerol, região do grande e mundialmente conhecido Petrus, onde a casta rainha é o Merlot.

Este vinho é composto por Merlot (claro!) e Cabernet Franc.


No copo, percebemos que é um vinho já com idade: a sua cor vermelha acastanhada é prova disso. Passado todos estes anos, continua com os seus amoras presentes a ameixa preta, especiarias e uma nota a couro. Na boca, presença leve de taninos, manteve alguma frescura, continua equilibrado, com final de boca existente mas não muito prolongado. 


Que prazer!

Nota final: 17 valores

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Foral de Melgaço - Alvarinho 2014

Este fim de semana, aproveitei o bom tempo e atravessei a ponte 25 de Abril com destino ao  almoçar ao Sushic, que segundo os utilizadores do Tripadvisor, foi considerado o segundo melhor restaurante japonês fora do Japão.

O sushi apresentado pelo Sushic é muito bom, embora não seja a comida tradicional japonesa mas sim uma comida japonesa de fusão que combina vários sabores e texturas.

Já sabemos que o chá e o saké (ou saqué em português) são as bebidas “tradicionais” para o sushi. A cerveja, japonesa claro, acompanhará também muito bem o sushi, pois o travo amargo da mesma conciliará bem com a suavidade do molho de soja, e a sua efervescência trará frescura na altura de saborear o peixe mais “gordo”.



Todos os apreciadores do néctar de Baco, querem sempre acompanhar a  refeição com o tradicional copo de vinho. A grande questão com que nos deparamos, nos restaurantes japoneses, é: qual o vinho apropriado para acompanhar o sushi?

É preciso ter algum cuidado ao escolher o vinho para acompanhar a comida tão delicada como a japonesa. Não escolher vinhos muito fortes nem complexos (normalmente os que estagiam em barricas) pois acabam por se sobrepor aos sabores sensíveis da comida japonesa. 

Normalmente, os vinhos brancos, rosés e espumantes são os mais indicados para acompanhar os maki’s, sashimi’s, uramaki’s, e outros tantos (a lista é sempre extensa!).




O Sushic tem uma carta de vinhos com muita oferta mas também dá-nos a possibilidade de beber vinho a copo, bem servido mas com um preço elevado.

Na questão do serviço à mesa é que o Sushic poderia melhorar: na altura de servir o vinho que escolhi, a garrafa ainda vinha com bocados de rolha (talvez não tiveram cuidado ao sacar a rolha), que acabaram por ficar a boiar no meu copo. Alertei o empregado de mesa que de imediato se desculpou e me trocou o copo.

A minha escolha foi para o Foral de Melgaço 2014: um vinho da casta Alvarinho, leve, brilhante e fresco. Presença de aromas minerais e frutas tropicais, frescura intensa na boca com presença de acidez suficiente e agradável para contrabalançar com a delicada comida japonesa do Sushic.



Foi uma bela experiência: alvarinho com sushi. Tenho de voltar a experimentar, sem dúvida.

Nota final: 16,5 valores

Preço copo Sushic: 4 euros        


Preço médio: 8,50 Euros

domingo, 8 de novembro de 2015

Adega de Pegões Colheita Seleccionada - Tinto 2000 e 2011

Há vinhos que não enganam. Todos os anos saem para o mercado com uma nova colheita, mas a qualidade mantém-se ano após ano. 


É o caso da Adega de Pegões Colheita Seleccionada Tinto. Um vinho que é uma aposta segura seja num restaurante ou num supermercado.

Quis aproveitar a oportunidade de comparar um Adega de Pegões do ano 2000 com o do ano 2011. 


Comecemos pelo "mais velho", neste casa a idade também é um estatuto! Primeira boa surpresa: a rolha estava em boas condições! No copo, deu para perceber que o vinho já tinha alguma idade, o tom não era brilhante, e já tinha alguns reflexos acastanhados. Os aromas estavam algo adormecidos, surgindo uma forte presença a madeira. Na boca estava equilibrado, com estrutura e alguns taninos.

Estava ansioso para descobrir o quanto valia o seu "irmão mais novo". No copo, cores vivas, brilhantes, uma mistura rubi/violeta. Surge uma mistura de aromas, onde o cacau/chocolate domina por inteiro. Na boca confirmou-se carnudo, guloso. Presença de taninos provancando uma ligeira e agradável adstrigência.


São 2 bons vinhos, que não enganam. Não são vinhos dos quais podemos criar grandes expectativas, mas são uma aposta segura. 

O Adega de Pegões é um vinho agradável para acompanhar carnes grelhadas e queijo.

Nota final: 13,5 Valores

Preço médio: 4,5 euros

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Zonin - Pinot Grigio 2013

Acabado mais um dia de trabalho, chega-se a casa com vontade de relaxar e aproveitar o que ainda resta de mais um dia que está a acabar.

Com vontade de beber algo leve e refrescante (e não querendo beber água!), fui até ao frigorífico à procura de alguma garrafa que estivesse por lá perdida... A minha mulher sugeriu-me de imediato um Asti. Um Asti!? Encontrei um outro vinho italiano, que ainda não tinha provado: Zonin Pinot Grigio 2013. Vai ser este!


Comecemos pela casta... Pinot Grigio ou Pinot Gris a casta é a mesma, mas em Itália é conhecida por Pinot Grigio e em França por Pinot Gris. Outros países produtores de vinhos com esta casta, acabam por escolher o nome que mais lhes convém, de acordo com a origem e estilo de vinhos que produzem. 

São a mesma casta, mas dão vinhos diferentes! Tudo influencia a produção de um vinho: a temperatura, o solo, o tratamento, etc, são diferentes de um país para o outro.  

Depois da pequena introdução sobre a casta, voltemos à prova. Abrímo-lo para o bebermos como aperitivo. 

Vamos então dar inicio à aventura! No copo, a cor é um amarelo palha, com alguns reflexos esverdeados. Chegou a altura de o cheirar, e de nos imaginarmos em Itália, mais na região do Nordeste de onde vem este vinho...aromas delicados e leves, aroma floral fraco e um toque a mel. Na boca é fresco, leve e pouco acido.


Devido à sua ligeireza, é um bom acompanhamento para saladas, massas com molhos leves, carnes brancas pouco condimentadas ou mesmo como aperitivo, que foi como o apreciei. É um excelente vinho para o Verão.

Nota final: 14,5 valores

Preço: 9,45 Euros no El Corte Inglês (no Supercor)  

domingo, 1 de novembro de 2015

Castelo d'Alba Reserva - Douro 2014

Hoje, o vinho servido foi um branco do Douro, o Castelo d'Alba Reserva. Eu sei, este tempo chuvoso e frio não é o indicado para se beber vinho branco mas decidi experimentar este vinho.

Abrimos a garrafa antes da refeição para o indo beber sem acompanhamento…só mesmo pelo prazer de beber vinho! Já conhecia o Castelo d'Alba Reserva Tinto, feito com castas típicas do Douro (Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional) mas este branco era me desconhecido.



Vamos lá então relatar como foi o nosso "encontro": de um amarelo brilhante no copo, sobressaem de imediato aromas a frutas exóticas, ananás e um toque a madeira…este vinho promete! Na boca, revela-se fresco e cremoso, embora apresente uma acidez elevada no final de boca….o que acabou por me desiludir.

É um vinho que acompanhará bem os pratos mais condimentados (caril) ou peixe assado.

Preço médio: 11 Euros

Nota final:  13 valores

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Cabernet Sauvignon: Chile vs Argentina vs Portugal



Sexta à noite é dia de jantar em casa com amigos, e o que melhor acompanha a refeição e o convívio ? O vinho, claro! Tivemos uma boa oportunidade de por frente a frente 3 vinhos monovarietais, todos da casta Caberbet Sauvignon, provavelmente a casta mais internacional e mais cultivada no mundo inteiro.

Os vinhos escolhidos foram: Casillero del Diabo Cabernet Sauvignon 2012 do Chile, Mistério CabernetSauvignon 2013 da Argentina e Casa Ermelinda Alves Cabernet Sauvignon 2012.

 

É sabido que os vinhos do Novo Mundo têm ganho alguma expressão e notoriedade, e são até conhecidos por terem excelentes vinhos nas castas mais internacionais, como o Cabernet SauvignonPinot Noir, Chardonnay entre outros.



Começou-se pelo representante Chileno. As opiniões foram unânimes: cor rubi intenso, aromas a frutas vermelhas (cereja, groselha). Na boca sentiu-se um vinho pouco encorpado, alguns taninos e um final de boca intenso.

 

Este vinho foi servido antes de se iniciar a refeição a acompanhar alguns "amuse bouche" como pasta de azeitona preta. O vinho foi muito apreciado por todos, e foi novidade para alguns. Começámos bem o jantar!



De seguida veio o Mistério da Argentina para acompanhar um rolo de carne, puré de batata e esparregado. A cor era muito semelhante ao chileno, um rubi intenso. Os aromas eram complexos, com uma forte presença a especiarias. Na boca, apresentava uma certa acidez/picante, deixando um final de boca agradável mas menos intenso que o seu concorrente chileno.



Para finalizar a prova, abriu-se a garrafa de vinho da Casa Ermelinda Freitas com um grau alcoólico de 14,5% (os outros 2 tinham 13,5% de grau alcoólico). Este, no copo, apresentava uma cor vermelho escuro e mais denso que os seus concorrentes sul americanos. Os aromas a frutos vermelhos estavam presentes, assim como um toque a pimenta. Na boca o vinho revelou-se forte, intenso, com muitos taninos.

 

Nota final Casillero del Diablo: 15 Valores

Preço médio: 6,60 Euros

 

Nota final Misterio: 13 Valores

Preço médio: 6 euros

 

Nota final Casa Ermelinda Freitas: 13 Valores

Preço médio: 8 euros



terça-feira, 20 de outubro de 2015

2 Tintos - Alentejo 2009

Hoje, descobri mais um vinho...e que belo vinho! 

O vinho 2 Tintos, do produtor Lima Mayer, foi-me trazido pelo meu pai, para o provarmos à hora de almoço.


O produtor é da região do Alentejo com cerca de 20 hectares de vinha em Monforte. Tem as vinhas tradicionais alentejanas como o Alicante Bouschet e o Aragonez, e as "famosas" castas internacionais como o Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Syrah.

Este vinho foi feito a partir de 2 castas: o Alicante Bouschet e o Petit Verdot (casta tradicional da região de Bordéus). No copo, podemos observar um vinho com uma cor densa e vermelho escuro. Os aromas fazem-nos viajar devido à sua complexidade: fruta preta, vegetais e com algum toque floral. Na boca, o vinho apresenta força, elegância e concentração de taninos.


Foi uma boa experiência! Sem dúvida, a repetir.

Nota final: 17 valores

Preço médio: 30 euros

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Monte da Peceguina Tinto - Alentejo 2010

Já estamos habituados a vinhos de qualidade da Herdade da Malhadinha.
Projecto com já alguns anos, que tem se notabilizado por lançar para o mercado vinhos de grande qualidade e com rótulos originais (desenhados pelas crianças da família Soares).


Vinho feito a partir das castas Aragonez, Alicante Bouschet, Touriga Nacional, Syrah e Cabernet Sauvignon este vinho resume-se numa única palavra: guloso!

No copo, a cor do vinho é de um vermelho intenso e brilhante. No nariz, nota-se os aromas a frutos vermelhos, compota e presença de alguma baunilha. Na boca, o prazer prolonga-se: é macio, equilibrado, tem uma boa acidez e final de boca prolongado...


Ficamos com a vontade de voltar a encher o copo e bebê-lo de novo. Excelente vinho para continuar a acompanhar-nos mesmo quando se terminou a refeição!

Nota final: 16 Valores

Preço médio: 9,5 Euros


domingo, 18 de outubro de 2015

Château Brane-Cantenac - Margaux 2008

O Domingo é normalmente dia de almoço com a família. Pois, hoje foi um desses dias. Para acompanhar a refeição, abri uma garrafa de vinho tinto da região de Margaux, em Bordéus.

Cor rubi, vinho equilibrado, aromas complexos a frutos vermelhos e baunilha, presença de taninos e final de boca intenso e prolongado.

Interessante ver a evolução deste vinho na garrafa por mais uns anos.

Nota final: 16 valores

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Marques de Riscal - Rioja 2003

Cansado das feiras de vinhos dos nossos supermercados, onde a oferta é sempre muito escassa em qualidade e sem grandes oportunidades, pensei em beber algo diferente: um vinho de nuestros hermanos.
Era uma garrafa que estava bem escondida na minha cave, e fiquei curioso por saber como se tinha comportado este vinho ao longo de todos estes anos a descansar na garrafa.
Abrindo a garrafa, primeiro (mau) sinal: a rolha desfez-se. Defendo que para além da estética e do visual da garrafa e rótulo, todos os produtores deveriam investir em material de qualidade para melhor proteger o produto de grande qualidade que os mesmos vendem.
No copo, a cor perdeu a intensidade, já estando na fronteira do acastanhado. Os aromas ainda estão bem presentes, com aromas a especiarias. Na boca, o vinho encontra-se equilibrado, talvez com um toque de acidez a mais, notando-se ainda a presença de alguns taninos. Final de boca fraco.

Nota final: 14 valores


domingo, 11 de outubro de 2015

Otter's Claw - Sauvignon Blanc 2013 (Africa do Sul)

Esta noite apeteceu-me algo diferente para jantar. Apeteceu-me algo de leve e rápido de preparar! Decidi petiscar algumas fatias de salmão fumado e tostas com patê de cogumelos. E para acompanhar: um Sauvignon Blanc da África do Sul. Os vinhos brancos, do chamado Novo Mundo, são bastante apreciados e até têm um boa reputação  nomeadamente nos vinhos feitos a partir das duas castas brancas rainhas: Chardonnay e Sauvignon Blanc. Vamos ver o que este vale.
Primeira surpresa (e habitual nos vinhos do Novo Mundo): garrafa sem rolha mas sim um tampa com rosca!
O vinho bastante cristalino apresentava uma cor citrina. Os aromas eram algo complexos: alguma fruta (limão) e minério. Vinhos bastante fresco, bem equilibrado e com boa acidez para "cortar" com o excesso de gordura do salmão e do patê.
Fiquei com vontade de experimentar um Chardonnay da África do Sul.

Nota final: 13 valores


sábado, 10 de outubro de 2015

Casa da Ínsua Tinto - Colheita 2011 (Dão)

Com vontade de relaxar e apreciar o nectár, decidi abrir uma garrafa de vinho da região do Dão. 
O vinho Casa da Ínsua é feito com as castas Alfrocheiro, Tinta Roriz e Touriga Nacional, casta nobre da região do Dão.
Vinho com teor alcoólico aceitável (14%), não se sobrepondo à degustação.
No copo, apresenta uma cor vermelho rubi. De imediato, surgem aromas a frutos vermelhos como a groselha e amora. Ansioso por degusta-lo, deixo as minhas papilas gustativas fazerem o seu trabalho…
O vinho é equilibrado, pecando por ter uma persistência média. 
Este vinho acompanhou uma lasanha….e que bela parceria!

Nota final: 15 valores